A renda fixa é uma modalidade de investimento que oferece ao investidor previsibilidade sobre a rentabilidade, sendo considerada uma opção mais segura em comparação à renda variável. Nessa modalidade, o investidor “empresta” dinheiro a uma instituição, como o governo ou bancos, e, em troca, recebe uma remuneração que pode ser previamente determinada (títulos prefixados) ou vinculada a indicadores econômicos, como a taxa de juros (títulos pós-fixados).
A relação entre a renda fixa e a taxa de juros é fundamental para entender o desempenho desses investimentos. A taxa básica de juros da economia, conhecida como Selic no Brasil, influencia diretamente a rentabilidade dos títulos de renda fixa, especialmente dos pós-fixados, que têm sua remuneração atrelada a esse indicador. Quando a Selic está alta, o retorno de investimentos como o Tesouro Selic ou CDBs pós-fixados tende a ser maior, já que esses títulos acompanham as variações da taxa.
Nos títulos prefixados, a taxa de retorno é fixada no momento da compra, o que oferece segurança ao investidor que sabe exatamente quanto irá receber no vencimento. No entanto, quando a taxa de juros sobe, esses títulos podem perder atratividade, já que novos investimentos em renda fixa oferecerão uma remuneração superior.
Por isso, o cenário de juros influencia as estratégias de alocação em renda fixa. Em momentos de alta dos juros, os investimentos pós-fixados são mais vantajosos, enquanto em períodos de queda, os prefixados podem se tornar uma oportunidade interessante. Além disso, a inflação também desempenha um papel importante, já que títulos indexados ao IPCA, como o Tesouro IPCA+, garantem ao investidor uma rentabilidade real, acima da variação dos preços.