Nesta “super quarta-feira”, tivemos duas reuniões que podem gerar novas oportunidades para o investidor. Aqui, no Brasil, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central, decidiu por aumento de um ponto percentual na taxa SELIC, nova taxa de juros, elevando o índice para 6,25% ao ano. Com esta decisão, o COPOM tentará conter a inflação com um incremento na taxa básica de juros, que norteia as operações de crédito e financiamentos, por exemplo. Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve (FED), o Banco Central norte-americano, manteve a taxa básica de juros inalterada, entre 0% a 0,25%.
Em relação à SELIC, a tentativa do Banco Central é colocar um freio na inflação. Com a taxa mais alta, a tendência é diminuir o ímpeto dos consumidores e, com isso, diminuir a pressão inflacionária. A expectativa do mercado é que 2021 termine com 8,5% de inflação. Ao analisar as opções no mercado financeiro, a renda fixa acaba chamando mais a atenção dos investidores. Com o aumento da SELIC, essas opções se tornam mais atrativas, como os CDB´s, Letras de Crédito e o Tesouro Direto. Todos eles são impactados diretamente e passam a remunerar melhor quem deseja ir por esse caminho. Aliado a isso, a maior estabilidade desses investimentos acaba sendo uma opção mais segura.
Em um primeiro momento, teve uma ação positiva no Ibovespa, principalmente, por sinalizar que os incentivos à economia americana continuarão, pelo menos, até novembro. Em resposta a isso, a Bolsa fechou nesta quarta-feira em alta de 1,84%. Outro fator positivo é que, com os juros em patamar bem baixo em relação ao Brasil, muitos investidores procuram os rendimentos do nosso mercado, injetando dinheiro na economia brasileira. Entretanto, o FED sinalizou que os juros podem começar a subir no fim de 2022, antes do previsto pelos analistas.